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Business Agility e a Covid-19 (parte 2)

Artur Szabo • Oct 06, 2020
Business Agility e a Covid-19 (parte 1)



Agilidade é uma palavra da moda? Sim, mas embora seja muito citada, poucos entendem o seu conceito e aplicações. Então, vamos falar sobre isso agora.


A ideia de “desenvolvimento ágil” surgiu no início dos anos 2.000 quando alguns profissionais de informática se perguntavam por que os sistemas demoravam tanto a ficarem prontos, e ainda assim nunca atendiam completamente as necessidades e anseios dos seus usuários? Depois de muito debate criou-se o Manifesto Ágil, que apresentava os quatro valores de uma mudança que deveria resolver os problemas apresentados:


            Indivíduos e interações acima de processos e ferramentas:
ou seja, menos burocracia e mais comprometimento das pessoas. Comunicação frequente e aberta é mais produtiva que regras e processos rígidos.


           Software funcionando é melhor que documentação abrangente: novamente se buscava priorizar o resultado e não o processo.

 

           Colaboração com o cliente acima de negociação de contratos: aqui o foco nas necessidades e anseios do cliente era a razão de todo o trabalho. Portanto, a colaboração estreita era a chave para entender e atender as suas solicitações.


          Responder a mudanças ao invés de seguir um plano: essa era a constatação de que é inútil lutar contra os fatos. Se as condições do mercado, ou as necessidades do cliente mudaram o plano anterior já não serve.


Os resultados na aplicação do Manifesto Ágil foram excelentes, mas a sua popularidade só se tornou exponencial quase uma década depois, quando boa parte do sucesso das Start Ups de tecnologia foi explicado pela agilidade com que elas desenvolviam e adaptavam seus aplicativos e soluções. A partir disso as empresas de outros setores começaram a prestar atenção nesta nova forma de trabalhar, e o conceito foi evoluindo até o que hoje chamamos de Business Agility. Agora a constatação é que os valores ágeis podem ser aplicados em todas as operações da empresa, e não apenas àquelas relacionadas com a tecnologia da informação. Portanto, constatou-se o obvio: se um departamento pode ser ágil os outros também podem.

 

Neste momento, em que todas as empresas precisam reavaliar seus modelos de negócio para um mundo pós-Covid 19, a capacidade de reação e de adaptação será o fator crítico de sucesso. Portanto, Business Agility deixa de ser um modismo e passa a ser condição de sobrevivência e crescimento. Para isso é preciso criar uma nova cultura, na qual os principais pontos serão:


  • O cliente é o foco mas, ele não é uma ilha; e por isso não basta atender as suas necessidades óbvias. É preciso contemplar toda a sua experiência com relação ao nosso produto ou serviço. Questões como respeito ao meio ambiente, à ética, aos direitos individuais, e outras demandas da sociedade em geral também influem sobre o cliente e sobre o nosso relacionamento com ele. Mais do que atender, é preciso entender e se antecipar às suas necessidades e desejos.
  • Aceitar as mudanças da sociedade e mercado. O futuro é cada vez mais incerto, e por isso, planos de longo prazo perderam a sua utilidade. O orçamento anual deve ser substituído pelo orçamento dinâmico, onde os recursos serão alocados em função das oportunidades e necessidades imediatas (ou de curto prazo). Os detalhados planos estratégicos darão lugar ao direcionamento, onde a visão será clara, mas os caminhos serão definidos ao longo do tempo.
  • A organização deve ser fluída, porque assim são as necessidades e oportunidades do mercado. Pequenos grupos, focados em tarefas específicas, serão mais produtivos do que grandes e burocráticos departamentos. A habilidade e o comprometimento serão mais importantes que o cargo; a capacidade de aprender será mais valorizada do que a performance passada.
  • Os processos e ferramentas serão permanentemente questionados. Experimentar – e errar – devem ser atitudes encorajadas. Por outro lado, vamos conciliar intuição, imaginação e análise, porque este é o tripé da inovação. E, como qualquer colaborador pode ter boas ideais, a comunicação livre e multinível será a forma ideal de trabalho.
  • Dados e algoritmos serão os direcionadores das decisões. Isso vai requerer um esforço permanente na sua obtenção, depuração e interpretação.


Parece claro que fazer tantas mudanças vai demandar um patrocínio forte, um processo adaptativo, e um direcionamento consistente e flexível. Por isso, as empresas que foram mais bem sucedidas até agora reúnem três características:


  • Tiveram um compromisso executivo muito claro e apoiador.
  • Começaram com “pilotos”, cujo sucesso motivou a adesão e indicou os pontos por melhorar.
  • Usaram “Coaches” experientes para apoiar esta jornada.


A Bridge Partners Group tem vários casos de sucesso no apoio para a transformação ágil de negócios no Brasil e na América Latina. Peça uma reunião e teremos muito prazer em compartilhar ideias com você e demais executivos da sua empresa.


Business Agility e a Covid-19 (parte 1)
Por Artur Szabo 17 set., 2020
O grande Guimarães Rosa escreveu “O sapo não pula por boniteza, mas por precisão”. E essa verdade nunca foi tão rápida e fortemente comprovada como na crise mundial gerada pelo vírus da Covid-19. De repente as empresas – e as pessoas – foram obrigadas e revisar ideias e processos que já duravam muitos anos:
Dados – O combustível da transformação digital
Por Roberto Pinheiro 29 abr., 2020
A cada mensagem que você lê ou envia, a cada curtida que faz, a cada compra no supermercado, a cada site visitado, você está gerando dados. Por exemplo, num ticket de supermercado com 5 itens você gerou em torno de 30 novos dados só no sistema da loja, mas se pagou com cartão de crédito ou de débito muitos destes dados também serão gerados no banco ou na operadora do cartão. Se participa de um programa de incentivos, mais alguns outros dados serão gerados.
Prontidão para a mudança – O que é, como identificar, quem precisa dela?
Por Roberto Pinheiro 22 abr., 2020
Transformação digital é o nosso tema permanente e – segundo o dicionário - Mudançatransformar significa mudar o estado de alguém ou de alguma, converter o atual em algo novo. Mas, mudar envolve uma mistura de sentimentos – positivos e negativos – e entende-los e administra-los é um fator crítico para o sucesso de qualquer iniciativa de transformação digital.
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