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Dados – O combustível da transformação digital

Roberto Pinheiro • Apr 29, 2020

Vamos fazer um teste? Responda estas perguntas sem consultar algum tipo de registro ou estatística:

a) Quantas vezes você troca de marchas enquanto dirige desde a sua casa até o seu trabalho?
b) Quantas vezes você respira enquanto está acordado?
c) Quantas mensagens de Facebook, WhatsApp e e-mails você lê ou escreve por semana?

Difícil – ou impossível – não é mesmo? Quanto mais frequente é uma ação menos nós apercebemos ela. Pois é exatamente sobre um item que produzimos aos milhares – mesmo sem nos darmos conta disso – que vamos falar hoje: “os Dados”.

A cada mensagem que você lê ou envia, a cada curtida que faz, a cada compra no supermercado, a cada site visitado, você está gerando dados. Por exemplo, num ticket de supermercado com 5 itens você gerou em torno de 30 novos dados só no sistema da loja, mas se pagou com cartão de crédito ou de débito muitos destes dados também serão gerados no banco ou na operadora do cartão. Se participa de um programa de incentivos, mais alguns outros dados serão gerados.

Repare que isso ocorreu numa única e pequena transação. Mas você e as empresas têm centenas ou milhares de transações ao longo do mês. Esta enorme massa de dados até alguns anos atrás era simplesmente “arquivo morto”, mas hoje ela é o combustível da Transformação Digital.

Com as modernas tecnologias de armazenamento, ferramentas automatizadas de estatística, modelos matemáticos sofisticados e uma massa sempre crescente de dados é possível ter análises muito apuradas. E estas análises irão direcionar o relacionamento com os clientes e ajudar as empresas a serem mais eficientes em suas estratégias de marketing, ou de outras áreas também. Quem nunca recebeu uma sugestão de compras depois de ter visitado um site, ou uma “oferta baseada no seu perfil”, ou “quem comprou o mesmo produto que você também comprou este outro”. Todas estas ações somente foram possíveis porque você deixou um rastro de dados que foi seguido.

Além disso, também pode-se criar “personas”, ou seja, analisar e comparar o comportamento de uma grande massa de pessoas através de seus dados em comum. Por exemplo, um supermercado pode criar uma persona “GESTANTE” prevendo o aumento do número de crianças num bairro e assim direcionar o seu mix de produtos. Como? Analisando as vendas dos últimos seis meses e verificando que as vendas de sabonetes e shampoos para bebês aumentaram, enquanto as de bebidas e doces diminuíram. Com estas duas informações podem-se deduzir que as mulheres reduziram o consumo de bebidas alcoólicas por estarem grávidas e, que estão preparando os enxovais dos seus bebês. Como sabemos que ainda estão grávidas? Porque o volume de vendas de fraldas descartáveis ainda não teve variação significativa.

Este é um processo irreversível, porque a geração de novos dados é crescente e exponencial. Eles se criam a cada aplicativo que utilizamos, a cada novidade que o comércio ou a indústria lançam, a cada comentário ou curtida que você dá nas redes sociais, em cada vez que você digita a sua senha ou número de documento, a cada site visitado, a cada vez que o seu rosto aparece numa câmera de segurança, ou que o seu carro passa por um pedágio, etc.

Bem-vindo à Era dos Dados!

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