Blog Layout

Prontidão para a mudança – O que é, como identificar, quem precisa dela?

Roberto Pinheiro • Apr 22, 2020
Transformação digital é o nosso tema permanente e – segundo o dicionário -transformar significa mudar o estado de alguém ou de alguma, converter o atual em algo novo. Mas, mudar envolve uma mistura de sentimentos – positivos e negativos – e entende-los e administra-los é um fator crítico para o sucesso de qualquer iniciativa de transformação digital.

Para entender as reações às mudanças vamos começar pela rotina. Ela é a maneira que a evolução encontrou para economizar a nossa energia muscular ou cerebral. Ela nos livra de milhares de decisões que ficam automatizadas. Lembra quando você aprendeu a dirigir e tinha que pensar em pisar na embreagem, trocar de marcha e depois soltar a embreagem? Em algum momento isso não foi mais necessário, e hoje você nem se dá conta quando faz isso. Mas, quando se troca um carro com câmbio manual para um de câmbio automático as primeiras viagens são tensas. A todo momento procuramos a embreagem que não existe mais, até que novamente isso passa a não fazer falta e o ato de dirigir se torna mais confortável.

Portanto, mesmo quando a mudança é para algo ou situação melhor, a primeira reação é de desconforto porque ela altera a nossa rotina. Naturalmente este desconto – e até resistência - será maior ou menor, mais longo ou mais curto, dependendo de vários fatores pessoais ou externos. Em resumo, o processo de mudança implica em entender, aceitar, praticar e converter-se. Repare que aqui entram os aspectos racionais (entender e praticar) e os emocionais (aceitar e converter). 

Para acelerar este processo, e assim reduzir os inconvenientes esperados, as empresas utilizam um conjunto de técnicas e abordagens conhecidas como “Gestão de Mudanças ou Change Management”. E a primeira ação neste sentido é fazer a Análise da Prontidão para a Mudança.

Para isso são escolhidos ou um grupo que represente uma amostra daqueles que serão impactados, ou todos eles caso isso seja possível. Através de um questionário eles responderão perguntas que permitirão ter uma ideia clara do nível de aceitação ou de resistência esperado. Isso permitirá traçar Plano de Gerenciamento da Mudança, priorizando exatamente os pontos mais sensíveis. As perguntas e respostas estão direcionadas para que se conheça 09 fatores da prontidão:

  • Urgência – o senso de urgência vai acelerar ou retardar a aceitação da mudança. Ele pode ser criado por fatores externos como uma crise ou um novo competidor no mercado; mas também fatores internos tem grande influência. A aposentadoria do fundador costuma ser um fator para direcionar uma mudança.
  • Visão – é a forma como a mudança vai alterar o futuro. Na crise sanitária do Covid 19 existe um consenso quanto à urgência, mas as visões da solução criam as divergências. Isolamento vertical, isolamento horizontal, uso de produtos não homologados, são alguns exemplos de visões sem consenso.
  • Orientação – esse é um ponto que vai além da liderança. É mais fácil aceitar a mudança quando muitos estão indo em direção a ela. Portanto não é apenas o líder, mas também a quantidade e qualidade dos seus seguidores.
  • Comunicação – a forma como a mudança é apresentada vai direcionar mais ou menos resistências. A mensagem tem que atingir os dois níveis de percepção: o racional e o emocional.
  • Delegação – aqui a questão é sobre quem está executando a mudança. Novamente a reputação e a eficiência da equipe que está executando a mudança vai acelerar ou retardar a sua aceitação.
  • Preparação – o tempo e a capacitação são fundamentais para que as mudanças sejam aceitas. Treinamento formal, experimentação, debates e apresentações são formas de preparar as pessoas enquanto a mudança está sendo elaborada e executada. 
  • Consolidação – isso é o passo que chamamos de Converter. É quando, passada a resistência inicial começamos a mudar nossos hábitos e rotinas para incorporar a mudança realizada.
  • Sustentação – é o entendimento de que a inércia demora para ser quebrada e, depois disso leva ainda mais tempo para atingir uma velocidade de cruzeiro. Por isso a mudança precisa ser sustentada até que se torne uma rotina. 

Mudanças são a base do movimento econômico e social. Sem elas não progredimos, não melhoramos nem a nossa vida e nem a da sociedade. Portanto, buscar que eles tenham o melhor resultado, no menor tempo, é imperativo. E a Análise da Prontidão é uma ferramenta que nos ajuda a conseguir isso.
Business Agility e a Covid-19 (parte 2)
Por Artur Szabo 06 out., 2020
Agilidade é uma palavra da moda? Sim, mas embora seja muito citada, poucos entendem o seu conceito e aplicações. Então, vamos falar sobre isso agora. A ideia de “desenvolvimento ágil” surgiu no início dos anos 2.000 quando alguns profissionais de informática se perguntavam por que os sistemas demoravam tanto...
Business Agility e a Covid-19 (parte 1)
Por Artur Szabo 17 set., 2020
O grande Guimarães Rosa escreveu “O sapo não pula por boniteza, mas por precisão”. E essa verdade nunca foi tão rápida e fortemente comprovada como na crise mundial gerada pelo vírus da Covid-19. De repente as empresas – e as pessoas – foram obrigadas e revisar ideias e processos que já duravam muitos anos:
Dados – O combustível da transformação digital
Por Roberto Pinheiro 29 abr., 2020
A cada mensagem que você lê ou envia, a cada curtida que faz, a cada compra no supermercado, a cada site visitado, você está gerando dados. Por exemplo, num ticket de supermercado com 5 itens você gerou em torno de 30 novos dados só no sistema da loja, mas se pagou com cartão de crédito ou de débito muitos destes dados também serão gerados no banco ou na operadora do cartão. Se participa de um programa de incentivos, mais alguns outros dados serão gerados.
Share by: